sexta-feira, 9 de julho de 2010
Entrevista com o bispo Edir Macedo
Neste dia 9 de julho, a Igreja Universal do Reino de Deus completa 33 anos. Nesta entrevista exclusiva ao Arca Universal, o bispo Edir Macedo fala sobre quais eram suas expectativas há 3 décadas, quando tudo começou, como ele vê a Igreja hoje e também sobre como lida com os planos futuros.
Vendo o crescimento da IURD, ao longo desses 33 anos, que sentimento o senhor tem ao olhar para trás e perceber que tudo começou em um coreto?
Sentimento de que o Espírito de Deus é real e cumpre Suas promessas.
Quando surgiu a ideia de fundar a Igreja Universal, o “projeto” inicial teve a ver com o que ela representa hoje; é como o senhor imaginava?
Não. Se o Espírito de Deus me revelasse o que hoje se vê, certamente riria como Sara quando soube que seria mãe após sua idade avançada somada com seu problema de esterilidade.
Ao longo desses 33 anos, a Igreja deixou de realizar algum projeto? Por quê?
Acredito que sim. Muitos que vieram até ela não ficaram. Apenas uns poucos foram escolhidos, como os 300 de Gideão.
Como é administrar uma obra que está presente em quase todos os países do mundo?
A administração física depende da espiritual. O Espírito Santo tem escolhido pessoas a dedo e, através delas, a tem administrado.
As dificuldades e perseguições enfrentadas fora do Brasil foram (são) as mesmas enfrentadas aqui?
Toda e qualquer perseguição sofrida tem caráter espiritual. Os mesmos espíritos imundos que agem aqui o fazem lá.
Quando a Obra iniciou fora do País, o senhor teve uma preparação para isso?
O Espírito de Deus é Quem prepara Seus escolhidos para servir ao Seu Filho aqui ou em qualquer lugar.
Uma pessoa aos 33 anos de idade pode ser considerada madura. No que o senhor acha que a IURD amadureceu ao longo deste tempo? Quais as mudanças significativas que a Igreja teve com o passar dos anos?
A maturidade depende dos desertos enfrentados. Quanto maior o número de desertos, maior o grau de maturidade. A IURD tem crescido espiritualmente por conta das lutas enfrentadas. As mudanças têm sido muitas, especialmente no que diz respeito ao uso da fé sobrenatural e inteligente.
No Brasil, ainda existe muito preconceito e resistência ao trabalho da IURD e ao nome do senhor. No entanto, recentemente, um repórter, ao entrevistar um sul-africano, se surpreendeu ao ser perguntado se era do mesmo país que o senhor. Como é lidar com o preconceito por parte de alguns e ao mesmo tempo com o reconhecimento por parte de outros?
É natural o preconceito. Jesus, Seus apóstolos e seguidores enfrentaram o mesmo em suas respectivas épocas. Num mundo dominado pelo espírito babilônico não poderíamos esperar flores de seus habitantes. Faz parte da fé cristã. Só os nascidos do Espírito Santo sobrevivem e prevalecem. Não é fácil enfrentar o preconceito por parte daqueles a quem queremos ajudar. Porém, quando lhes é revelada a Luz do Evangelho, então, somos recompensados com sua gratidão.
A Igreja possui muitos projetos sociais, desde o trabalho com crianças, jovens, passando pela alfabetização de adultos e até a preocupação com o sertão nordestino. Portanto, milhares de pessoas já foram e são beneficiadas com eles. A IURD tem em vista outros projetos sociais?
O trabalho da IURD tem sido cem por cento social. Isso por conta da mensagem viva do Evangelho. Jesus não trouxe uma nova religião, mas vida. Quando o ser humano é possuído pelo Espírito de Deus, suas atitudes em relação a Deus, ao próximo e a si mesmo mudam completamente. Daí a razão das pessoas que outrora eram excluídas, hoje, terem suas vidas restauradas e reintegradas à sociedade. Quando o cego passa a enxergar, ele deixa de depender de terceiros, começa a produzir e custear sua própria vida. Quando o bandido é liberto, é menos uma ameaça à sociedade. Infelizmente, a sociedade e o Governo não conseguem enxergar esse benefício social da IURD. O que adianta, por exemplo, dar um prato de comida? Cessará a fome? A IURD, pelo poder da fé na Bíblia, tem conduzido libertação dos escravos de todo e qualquer vício. Assim sendo, ela promove reintegração social muito além do que qualquer outra instituição social. E o melhor, sem receber qualquer ajuda governamental.
Muitas pessoas falam que a construção de catedrais é desnecessária. Por que a Igreja Universal investe em templos grandiosos?
Não somente para devolver às pessoas os benefícios de seus dízimos e ofertas, mas, sobretudo, lhes dar visão da vontade de Deus para suas vidas. Jesus veio para trazer vida e vida com abundância. As catedrais provam isso.
Seu blog tem milhares de acessos. Muitas pessoas se sentem mais à vontade para comentar e pedir orientação espiritual. Como o senhor vê essa interação com o público?
As informações oficiais têm registrado quase 3 milhões de acessos mensalmente. Isso prova que há um enorme benefício para os internautas. Isso prova que nosso trabalho não tem sido em vão.
Vemos que a IURD valoriza a disciplina entre seus membros, obreiros, pastores e bispos. Como essa disciplina interfere no crescimento da Igreja?
O Reino de Deus é feito de ordem e disciplina. Quem não se submete é porque não tem interesse em viver de acordo com Deus. Nesse caso, é melhor buscar outra fonte. Não somos um clube que está à busca de membros. Somos pregadores das Boas Novas do Evangelho. Quem crê e obedece é abençoado. Quem não crê, paciência. Mas, jamais abriremos mão da ordem e da disciplina na IURD. Mesmo que isso signifique prejuízo econômico.
Com o crescimento da IURD, há necessidade de um grande número de voluntários para a Obra. Que tipo de preocupação o senhor tem para a escolha dessas pessoas?
Fazê-las nascer da água e do Espírito Santo.
Quais as próximas metas para a IURD?
Aguardamos inspiração e orientação Divina.
Qual a mensagem que o senhor deixa para os milhões de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus no mundo?
A mesma do meu Senhor: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Ap. 2.10
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